Bendecida por el amor maternal (en español y portugués)
La brisa del mar entraba por nuestros sentidos refrescando nuestros pensamientos e introduciéndonos en un ambiente de bienestar interior. Ambas compartíamos la pasión por el mar. Pasear por ese pequeño balneario citadino donde el ruido del agua acariciando las piedras, nos daba una música de fondo que nos ayudaba a profundizar en nuestra meditación. Estos paseos madre e hija los realizábamos en días aleatorios. Escuchar sus historias de infancia en las cuales el mar era siempre un actor de reparto me enternecían. Ella había crecido en la parte urbana de ese puerto de mi ciudad natal. En algunas ocasiones, la luna nos hacía compañía. Y cuando ese astro luminoso se mostraba en toda la redondez de su esplendor, la magia anteriormente mencionada se completaba. Ver la luna brillar en medio de la noche oscura, redonda y radiante iluminaba nuestros diálogos, así como las calles aledañas de ese balneario que recorríamos con calma mientras regresábamos a casa. La luz tenue del astro nocturno, discreta y suave nos cautivaba permitiéndonos que la mirásemos directamente sin ofuscarnos.
Probablemente pocas personas me van a entender, pero les comparto que, aun no teniendo a mi mamá presente, no me considero una persona huérfana, sino alguien bendecido, quien por la Gracia de Dios disfruta de una doble dimensión de la filiación…
Abençoada pelo amor maternal
A brisa do mar entrou em nossos sentidos, refrescando nossos pensamentos e nos introduzindo a uma atmosfera de bem-estar interior.
Nós duas compartilhávamos uma paixão pelo mar. Caminhar por La Punta, aquela pequena praia da cidade onde o som da água acariciando as pedras nos dava uma música de fundo, nos ajudou a aprofundar na nossa meditação.
Essas caminhadas de mãe e filha eram realizadas em dias aleatórios. Ouvir suas histórias de infância em que o mar sempre foi coadjuvante me encantavam. Ela tinha crescido na parte urbana daquele porto da minha cidade natal.
Em algumas ocasiões, a Lua nos fez companhia. E quando aquele astro luminoso se mostrava em todo seu esplendor, a magia mencionada acima era completada.
Ver a lua brilhar no meio da noite escura, redonda e radiante iluminava nossos diálogos, bem como as ruas ao redor daquele balneário que transitávamos calmamente a caminho de casa. A luz fraca da estrela noturna, discreta e suave, nos cativava, permitindo-nos olhar diretamente para ela sem sermos ofuscados.
Só agora que não a tenho por perto, minha mãe, quando olho para a lua, é que me lembro dela. Não só porque fez parte da nossa história de mãe e filha, mas também porque sempre relacionei a Lua com a Santíssima Virgem. Aquela mãe pura e bondosa que compartilha conosco seu brilho Divino e que, assim como a acompanha na vida eterna, cuida de mim também e me acompanha em minha vida terrena. Provavelmente poucas pessoas me entenderão, mas compartilho com vocês que, mesmo que não tenha minha mãe presente, não me considero órfã, mas alguém abençoado, que pela graça de Deus goza de uma dupla dimensão de filiação...
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