Una corona eterna… (en español y portugués)

Por la ventana de la habitación entraban tenuemente los últimos rayos de sol avisándonos que ya se acercaba el horario de transmisión de los juegos olímpicos.

Era la primera vez que yo acompañaba con tanto interés este evento internacional.  El responsable era mi hijo mayor que, por tener una pasión innata por el deporte, había organizado sus horarios para ver con nosotros los juegos de Tokio que, por el huso horario, serían transmitidos durante la noche hasta la madrugada.

Si mi hijo mayor fue el responsable en un inicio, hubo otras personas que reforzaron este interés y que fueron algunos de los destaques de estas olimpiadas.

Primero fue una niñita brasileña de trece años que se entregó con candor y libertad al muchas veces incomprendido deporte del skate.  Después fueron los deportistas brasileños del surf, del salto de garrocha, del remo, entre otros… todos, gente simple, con pocos recursos económicos quienes, con algún patrocinio, pero principalmente con mucha dedicación, se esforzaron para conseguir estas coronas temporales, las medallas, que les darán las oportunidades, necesarias, para continuar creciendo en la vida.

Es precisamente esta experiencia deportiva, donde el atleta se desafía permanentemente queriendo en todo momento superar sus límites a base de la disciplina y la entrega, la que contrasta con la visión actual sobre las frustraciones, donde muchas veces se induce a la mediocridad.

Decirle a un atleta de alto rendimiento que no hay problema si pierde, que lo que importa es el esfuerzo, no le va a servir de consuelo.  Darlo todo por una corona temporal aun sabiendo que va a demandar tiempo, caídas y levantadas, es muy loable.  Por eso pienso que no hay porque tener miedo a las frustraciones ya que ellas pueden convertirse en las catapultas que necesitamos para alcanzar grandes objetivos en la vida.

Sin embargo, existe otra gloria que no se restringe, solamente, a las coronas temporales tan valiosas para un atleta, si no que me refiero, también, a la corona eterna, esa que no se ve a los ojos de los hombres, pero que exigen de un esfuerzo basado en la humildad, enalteciendo y elevando nuestra alma, en virtudes.

¡Hacia el infinito, hacia lo eterno, hacia Dios!

* Título tomado de 1 Cor. 9,20-25

Uma coroa eterna… 

Pela janela da sala resplandeciam os últimos raios de sol, avisando-nos lentamente que o tempo da transmissão dos Jogos Olímpicos estava se aproximando.

Era a primeira vez que acompanhava esse evento internacional com tanto interesse.  O responsável era meu filho mais velho que, por ter uma paixão inata pelo esporte, tinha organizado seus horários para assistir conosco aos jogos de Tóquio, que pela programação do fuso horário eram transmitidas durante a noite até a madrugada.

Se meu filho mais velho foi o responsável no início, houve outras pessoas que reforçaram esse interesse e que foram alguns dos destaques dessas Olimpíadas.

Primeiro foi uma “fadinha” brasileira de treze anos que, com frescor e autenticidade, se entregou muitas vezes ao incompreendido esporte do skate.  Depois, houve outros, os atletas brasileiros do surfe, do salto com vara, do remo etc. Todos, pessoas simples, com poucos recursos econômicos os quais, com algum patrocínio, mas principalmente com muita dedicação, se esforçaram para conseguir essa coroa temporária, as medalhas, as quais darão a eles as oportunidades necessárias para continuar avançando na vida.

É justamente nesta experiência esportiva, onde o atleta é permanentemente desafiado a ultrapassar seus limites com base na disciplina e na entrega, o que contrasta com a visão atual das frustrações onde a mediocridade é frequentemente induzida.

Dizer para um atleta de alto rendimento que não há problema se ele perder, que o que importa é o esforço, não vai ser um consolo.  Dar tudo por uma coroa temporária mesmo sabendo que levará tempo, quedas e retomadas, é muito louvável.  É por isso que eu acho que não há razão para ter medo de frustrações porque elas podem se tornar nas alavancas que precisamos para alcançar grandes objetivos na nossa vida.

No entanto, há outra glória que não se restringe, apenas, às coroas temporárias tão valiosas para um atleta, mas estou me referindo, também, à coroa eterna, aquela que não é vista aos olhos dos homens, mas que requer de esforço com base na humildade, que eleva nossa alma, em virtudes, até o infinito, até o eterno, até Deus!

* Título tomado de 1 Cor. 9,20-25