El pecaminoso hábito del chisme (en español y portugués)
En esta oportunidad voy a continuar hablando sobre la necesidad de comunicación que todos los seres humanos tenemos, solo que, desde otra perspectiva.
Hablar de uno mismo, de nuestros anhelos, deseos y realizaciones puede ser un sentimiento desbordante que nos ahoga si por algún motivo no podemos expresarnos.
Pero para que esta experiencia tenga algún atractivo tanto para el locutor como para el interlocutor, la vida de quien se expresa debería ser, como mínimo, emocionante. Solo que suele suceder que cuando la vida en cuestión se reduce a una simple rutina sin horizonte de días atrás de días, sin ningún color a no ser el gris de la monotonía, la insatisfacción será una sensación permanente difícil de erradicar.
Cambiar el foco de atención, combinando la necesidad de comunicación con el no saber qué decir de uno mismo, resulta en la expresión más lógica de las almas frustradas, el chisme.
La vida ajena se convierte en el tema de interés, principalmente si son los errores de los otros, el deleite de esas frustraciones.
Es por ese motivo que todo chismoso que se destaque nunca habla bien de aquel que es la fuente de su interés, así como tampoco es capaz de decir las "justificadas críticas", las cuales se siente en el derecho de formular, en la cara de esa persona. Esto se debe a que la cobardía es también una de las características más disfrazadas de este mal hábito.
Otra de las motivaciones escondidas de esta pecaminosa costumbre, es la envidia. El suceso de las otras personas o su felicidad pueden despertar sentimientos sórdidos en el alma humana que se convierten en un veneno autodestructivo principalmente para el que lo produce en la saliva destructiva de sus palabras.
Comparto esta reflexión porque en mi vida ya perdí algunas amistades por voluntad propia al decidir no continuar conviviendo con personas malintencionadas que me colocaban en sus conversaciones, así como de otras que se deleitaban envenenando mis oídos con comentarios distorsionados sobre “amigos” o conocidos.
Debo confesar también que debido a la sociedad en la que crecí mi capacidad de discernimiento en ver lo pervertido que puede ser el hábito del chisme, estuvo por muchos años notablemente afectado. Solo el tiempo, así como la distancia física y emocional de mi muy querida, más imperfecta sociedad, me permitió reconocer que necesitaba buscar urgentemente la cura para esta, no tan asintomática, enfermedad.
Mi único gran consejo en esta oportunidad será que no neguemos que todos estamos influenciados, social o mediáticamente por este pecaminoso hábito.
Los invito, como el primer gran paso para desintoxicarnos de este vicio, a reconocer que adolecemos de él.
O pecaminoso costume da Fofoca (em português)
Nesta ocasião continuarei a falar sobre a necessidade de comunicação que todos os seres humanos temos e que desenvolvi no meu artigo “A linguagem universal da amizade”, porém agora o farei desde outra perspectiva.
Falar sobre si próprio, de nossos anseios, desejos e realizações pode ser um sentimento transbordante que pode nos afundar num mar de desespero se por alguma razão não podemos nos comunicar.
Mas para que essa experiência, tão necessária, consiga ter algum apelo tanto ao locutor quanto ao interlocutor, a vida de quem se expressa deve ser no mínimo emocionante. No entanto, quando a vida em questão é reduzida a uma rotina sem horizonte de dias após dias, sem qualquer outra cor que não seja o cinza da monotonia, o anseio de comunicação permanecerá, acompanhado de um sentimento de insatisfação difícil de erradicar.
É por isso que mudar o foco da conversação com relação a si mesmo já que não se tem muito a dizer, sem renunciar àquela necessidade de comunicação, resultará na expressão mais lógica das almas insatisfeitas, a fofoca.
A vida dos outros torna-se bem mais interessante, principalmente se são os seus defeitos, o deleite das próprias frustrações.
É por essa razão que todo fofoqueiro raramente fala bem de quem é a fonte de seu interesse, nem é capaz de dizer as críticas justificadas, que ele sente o direito de formular, na cara da pessoa. Isso porque a covardia também é uma das características mais negadas, ainda que mascarada desse mau hábito.
Outra das motivações ocultas desse costume pecaminoso, é a inveja. A vida dos outros ou sua felicidade pode despertar sentimentos sórdidos na alma humana que se tornam um veneno autodestrutivo principalmente para aquele que o produz na saliva viperina de suas palavras.
Compartilho essa reflexão porque na minha vida já perdi, com muito pesar, algumas amizades quando decidi não continuar me relacionando com pessoas mal-intencionadas que me colocavam em suas conversas, assim como outras que se deleitavam envenenando meus ouvidos com comentários distorcidos sobre "amigos" ou conhecidos.
Devo também confessar que por causa da sociedade em que cresci, minha capacidade de discernimento em ver o quão ruim hábito da fofoca pode ser, foi significativamente afetada por muitos anos. Só o tempo, assim como a distância física e emocional da minha tão amada e imperfeita sociedade, permitiu-me reconhecer que eu precisava urgentemente buscar a cura para essa doença, não tão assintomática.
Meu único grande conselho, nesta ocasião, será não negar que todos somos influenciados, social ou midiaticamente, deste hábito pecaminoso.
Convido-os como o primeiro grande passo para a desintoxicação deste vício, assim como de todos os vícios, a reconhecer que adoecemos dele.
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